Numa entrevista do novo Director do Instituto de Museus e Conservação ao Expresso de 20 de Fevereiro de 2010 pode ver-se um destaque intitulado O novo perfil do director
com o seguinte conteúdo:
A era do director do museu cuja principal valência consistia em conhecer bem as suas colecções já se passou. Esse perfil tornou-se «exíguo» face à transformação dos museu em «grandes centros culturais», o que faz deles instituiçoes «sensíveis às alterações mentais, culturais e científicas", diz João Brigola. O director de hoje tem por isso de ser «um bom comunicador e um bom gestor». Tem de fazer benchmarking, procurar as boas práticas empresariais, comparar e fazer planeamento estratégico com vista à eficácia (reinvestimento das receitas no próprio museu) e não apenas à maximização do lucro. O novo director de museu é «um gestor cultural», não «um gestor sem alma», conclui o director do IMC.
Ora, aqui temos um bom ponto de partida para se discutir um conjunto de problemáticas, nomeadadmente a do Perfil do responsável máximo de uma Organização Cultural sem fins lucrativos, na esfera das organizações culturais e em especial das Autarquias.
No que me diz respeito, defendia e continuo a defender, que à frente de uma Organização Cultural deve estar alguém que perceba da essência da arte que é a razão de ser da existência daquela organização. E claro que isto pressupõe que esse alguém integra uma equipa.
No mesmo trabalho do Expresso explicava-se o novo modelo de gestão que ia ser ensaiado no Museu de Arte Antiga: «(...) uma administração bicéfala, com um director com funções definidas na área da Comunicação e Gestão e um adjunto com profundos conhecimentos sobre o acervo)». De repente apetece perguntar: e por que não o contrário?
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